quinta-feira, 29 de abril de 2010

A cidade de São Carlos - SP

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A Cidade de São Carlos possui 212.956 habitantes (SEADE, 2007), e configura-se como um município de porte médio não-metropolitano, considerado um centro regional importante no interior paulista, é uma cidade que vem passando por constantes mudanças. Limita-se ao norte com os municípios de Rincão, Luís Antônio e Santa Lúcia; ao Sul com Ribeirão Bonito, Brotas e Itirapina; a Oeste com Ibaté, Araraquara e Américo Brasiliense e a Leste com Descalvado e Analândia.


Para a implantação desse projeto escolhi um terreno na periferia da cidade de São Carlos, no Parque do Douradinho que possui características também buscadas pelos projetos do CEU e FDE, como barreiras físicas, sociais, além de estar em área periférica da cidade.
No entanto, a cidade possui uma demanda por equipamentos culturais em suas periferias, que normalmente localiza-se em áreas com barreiras físicas e/ou sociais. Devido as suas características geográficas, como a presenças de muitos córregos, nascentes e rios, uma topografia acidentada, ou mesmo a travessia de rodovias que permeiam a cidade.


Por isso, a cidade disponibiliza vários programas que atendem esses bairros mês a mês, levando espetáculos, oficinas cultura, lazer, educação, palestras, saúde, cidadania; possibilitando o acesso a linguagem das artes, dança, cinema e música.
Esses programas tentam atender a demanda de crianças e jovens que estudam em um período do dia e no outro ficam obsoletos, problema que seria resolvido segundo Teixeira, com a presença de um equipamento “Escola-parque”.


Com base no gráfico abaixo podemos observar que a maior parte da população do município está entre os 10 a 29 anos.
E é a partir desses dados, e com base nos conceitos de Anísio Teixeira que proponho o ESPAÇO CRIARTE, como forma de formalizar esses programas oferecidos pela cidade, e suprir a carência de equipamentos educacional/cultural da cidade, voltados a essa faixa etária principalmente.


Para a implantação desse projeto escolhi um terreno na periferia da cidade de São Carlos, no Parque do Douradinho que possui características também buscadas pelos projetos do CEU e FDE, como barreiras físicas, sociais, além de estar em área periférica da cidade.


O terreno é o único terreno de uso institucional do bairro, que está situado na zona de ocupação condicionada e de recuperação, isso devido as fragilidades sociais e ambientais presente na área, como a presença de nascentes, córregos e um grande adensamento populacional.
Ele faz fronteira com a área rural da cidade, e por isso podemos observar uma vasta vegetação natural, além de uma nascente em situação de erosão, devido a falta de drenagem de águas pluviais do bairro.


O bairro que foi aprovado em agosto de 2000, nasceu de terras que antes pertenciam as fazendas Santa Joana e Cano D’agua. O proprietário Drº Antônio de Vasconcelos, que até então utilizava a área para uma plantação de Pinus, resolveu através de suas empresas Araguaia ( Pavimentação e terraplenagem) e a Douradihno Empresas lotear a área.


A princípio, os lotes eram financiados com boa parte da infra-estrutura necessária, mas segundo Nilton Domingues, corretor de imóveis do Douradinho, a grande procura fez com que lotes vazios fossem vendidos.
O que hoje gera um padrão de acabamentos diversificados nas edificações, além de um grande adensamento, como pude observar nas leituras realizadas no local.
E a notável falta de equipamentos culturais, educacionais e de lazer na região, que não difere da situação dos bairros vizinhos.


Levantamento fotográfico da área de implantação do projeto, que já sugere algumas diretrizes, como a recuperação da nascente, a proposta de um campo de futebol, além de uma pista de caminhada.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Leitura de projeto - SABINA

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A escola Parque Arte e Ciência – Sabina, é um projeto que nasceu de uma iniciativa da Prefeitura Municipal da cidade de Santo André – SP, que pretendia criar uma escola de rede pública associada a outras atividades culturais abertas a população. Por isso, em 2003, sob o comando do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e com colaboração do escritório MMBB, o projeto ganhou forma e novos parâmetros , como um programa mais denso, como áreas para exposições de artes e eventos diversos e um anfiteatro.


Sua forma pura, semi-enterrado, com 180m de extensão, abriga um programa de oficinas, experimentos, exposições, lanchonete e áreas de convivência. Seus grandes vãos proporcionados por sua estrutura metálica e suas vigas calhas em concreto armado, gerando assim um espaço amplo e independente do fechamento.
Essa solução transmite a idéia de uma pedra flutuante sobre o parque verde, além de aproveitar as grandes dimensões para criar áreas fluídas.


O acesso ao bloco acontece por meio de uma discreta e estreita rampa localizada no meio do estacionamento, que conduz ao nível inferior, onde temos a maior parte dos serviços oferecidos, como salas de aulas, oficinas, cantina e outros.
Através de outras duas rampas no interior do bloco, chegamos no nível superior, onde estão localizadas as áreas de exposições dispostas entre dois mezaninos, o que cria uma permeabilidade entre os dois espaços, além de contribuir para uma melhor iluminação e ventilação.





terça-feira, 6 de abril de 2010

ECA

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O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – estabelece que:

“ A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana sem prejuízo da proteção integral, de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade.”


Leitura de projeto - FDE

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Localizado na vila dos comerciários, em Franco da Rocha, cidade da região metropolitana de São Paulo, a escola FDE¹ – Vila dos Comerciários, leva a população não só um equipamento urbano, mas também educação, cultura e lazer a um lugar desprovido de tais atividades.
Sua inserção no meio urbano é marcante, não e só por sua formas puras, mas também por suas cores e gabarito maior que os demais no seu entorno.
Assim como os CEUs, as escolas propostas pelo FDE são implantadas em regiões com baixo nível sócio-econômico, e também encaram a escola como um ponto focal para o bairro.

Apesar das escolas da FDE partilharem de alguns conceitos recorrentes nos CEUs, elas não trazem a questão da “escola-parque” evidente em seu programa.
Durante a semana ela atende somente as necessidades educacionais, e somente aos finais de semana é aberta a comunidade, servindo como área de convívio, lazer e cultura.


No entanto, a necessidade de se reproduzir também faz com que a escolha do método construtivo seja de fácil manuseio e de agilidade pra se construir.
Por isso o uso de vigas e pilares de concreto pré-moldado e uma cobertura metálica em forma de arco.

Além de elementos modernistas como brises verticais metálicos e cobogós que auxiliam em um melhor conforto térmico dentro das salas de aula, que já na fachada oeste estes foram suprimidos devido ao recuo das salas em relação a projeção da cobertura.










O Térreo do edifício é ocupado pelas salas de coordenação, cozinha, refeitório, pátio coberto e um área verde.
Já os dois andares acima abrigam as salas de aula, enquanto que a quadra poliesportiva fica no último pavimento, diferente do CEU Jambeiro que propõe sua quadra em blocos distintos.
No entanto, a circulação vertical lateral permite o acesso direto a quadra.
Suas formas puras, racionalizadas, setorizadas permite uma estrutura independente do fechamento, além de agilidade nas obras.




1- Fundação para o desenvolvimento da Educação, criado em 1987, para viabilizar a execução das políticas educacionais.