terça-feira, 30 de novembro de 2010

Obrigada

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Apesar do ato de TGIr em nossa Universidade ser no modo individual, isso é uma coisa que sempre evitamos. E é por isso, que gostaria de agradecer as minhas amigas de turma Julyana e Luana, por todos os dias em que passavamos juntas resolvendo, criando, aprimorando nossos Trabalhos. Aos meus orientadores, Ralf Flôres e Rafael Esposel que sempre me deixaram com aquele pontinho de dúvida na cabeça, fazendo com que eu fosse atrás e resolvesse. Aos professores (Marcos Marchetti, Eduardo Araújo "Du", Leandro Schenk, Amanda Ruggiero, Ricardo Marttucci, Telma Carvalho, Rodrigo Lapa) pela ajuda de uma maneira ou outra; ao professor Itamiro pelas observações e colocações em minha 1º banca, aos grandes mestres que passaram pela minha formação e que tanto contribuiram para ela, Caius Franco, Sandro Canavezzi , Magaly Pulhez e Cesar Elias; e em especial a professora Luciana Bonvino, pela ajuda na parte de estrutura e na correria de entrega dos memoriais.
E ao meu querido Marcel, pela ajuda em tudo no TGI, mas principalmente por me aguentar nos momentos mais difícies, como aqueles " ai não dá", " não aguento mais"...."e agora?", " vou ter que refazer" .
Meu muito Obrigada!!!!

Processo

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Processo formal do Edifício Educacional
Inicio da adição e Subtração de partes desse volume
Volume quadriculado, para uma posterior estrutura

Volume inicial

Similaridades

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No mês de setembro de 2010, na Revista Arquitetura e Urbanismo - AU, foi publicado o projeto do Centro de Artes e Educação, do escritório Biselli & Katchborian Arquitetos. E ao fazer uma breve leitura sobre o edificio, pude perceber algumas similaridades com a minha proposta de TGI, além de ver que assim como o Núcleo "Anísio Teixeira", o projeto do já referido escritório, também usou conceitos e propostas existentes nos CEU's - Centro Educacional Unificado ( já exposto nesse blog).
Por isso, achei interessante postar a reportagem aqui no blog, como prova de que esse tema e essa necessidade são cabivéis a muitos lugares, assim como no bairro do Douradinho.



CÉLULAS INDEPENDENTES
Por Ledy Valporto Leal

Educação e cultura, em ambiente arquitetônico exemplar e área urbana necessitada. O Centro de Arte e Educação dos Pimentas, situado no bairro de mesmo nome, em Guarulhos, atende a uma população carente de equipamentos comunitários voltados ao ensino, lazer e esporte. O projeto é do escritório Biselli e Katchborian, com a prefeitura do município. Demanda não falta. "Nos primeiros dias de funcionamento já havia uma fila de duas mil pessoas para se inscrever nas atividades desenvolvidas pela escola", afirma o arquiteto Mario Biselli. O alcance social deste projeto é significativo, pois ele corresponde a "uma área pedagógica importante, enquadrando-se no projeto dos CEUs (Centros Educacionais Unificados, da prefeitura de São Paulo), com muito esporte e lazer, e do Sesc, com muita cultura", compara Mario.

A arquitetura foi em boa dose determinada pelas características do terreno estreito e comprido, de 30.780 m². Assim, a solução adotada foi implantar a escola acompanhando o desenho do lote, ou seja, em uma configuração linear na qual se destaca a grande cobertura metálica de 250 m de comprimento e 30 m de largura. "Com um terreno de 300 m de profundidade, nossa ideia era criar uma grande praça longitudinal, linear e coberta, constituindo-se em espaço público importante para um bairro cuja população é de aproximadamente 400 mil pessoas", declara o arquiteto. A cobertura é dotada de sistema de sheds que fornecem iluminação ao espaço interno e composta por telhas metálicas de aço tipo painel com isolamento térmico e acústico, apoiadas a cada 6 m em vigas-vagão metálicas com mão-francesa, tendo 20 m de vão e 5 m de balanço em ambos os lados. Essas telhas fazem também o fechamento dos espaços laterais entre a cobertura metálica e os blocos dos diferentes setores, executados em alvenaria e concreto moldado in loco. As janelas das salas de aula voltadas para a face oeste receberam proteção com brises de alumínio instalados nos locais onde não há fechamento em U-Glass. Fixados externamente, criam um ritmo peculiar e valorizam plasticamente o conjunto.

Na entrada da escola, ao sul, a cobertura se prolonga em um balanço de 18 m, com função de marquise, fazendo o sombreamento para a praça de acesso. Na outra extremidade, a solução se inverte: há um fechamento com parede inclinada a 45o onde está a quadra poliesportiva coberta. As bordas longitudinais dessa cobertura abrigam todos os setores da escola, de acordo com suas especificidades. No piso térreo da face oeste estão biblioteca, administração e restaurante, e no pavimento superior ficam o mezanino da biblioteca e as salas de aula. Na face leste localizam-se os volumes das salas multiuso, ginástica olímpica, dança e auditórios, todos com pé-direito duplo e dotados de mezanino. Esses espaços são articulados por um vazio central com pé-direito de 11 m que culmina na área reservada à quadra poliesportiva, onde o pé-direito aumenta para 15 m, dada a natureza do seu uso. Complementando a área destinada às atividades de lazer e esportes, há duas quadras poliesportivas em uma das laterais externas e um conjunto aquático de três piscinas, incluindo uma infantil, na outra lateral. Os vestiários que servem aos usuários das piscinas ficam no subsolo.

O vazio central é uma praça, local onde acontecem os momentos de bate-papo e encontros dos jovens. Há bancos de concreto pintados em cores alegres entremeados pelo verde repousante de gramados, em um layout moderno e agradável que sugere descontração e bom humor. Também é nessa praça térrea que estão os acessos ao piso superior, como escadas e rampa metálica sustentada por uma parede de concreto que recebeu recorte arredondado, em efeito que nos remete às aberturas de Siza no Museu Iberê Camargo (AU 171) - aberturas que nos fazem ver além do espaço em que estamos. A atmosfera lúdica desse vazio central é acrescentada pelas cores fortes e vibrantes das paredes internas que recebem tons de verde, laranja e amarelo. "Trata-se de uma solução bem brasileira, focada na cobertura - solta, ventilada, leve e capaz de acoplar os elementos do programa como células independentes", arremata o arquiteto Mario Biselli.




Moradias Precárias

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Durante o processo projetual foi necessário rever o lugar de implantação, para solucionar alguns problemas, tomar o entorno imediato como inspiração e fazer com que o projeto fosse ao máximo adequado para o terren onde ele se encontra, respeitando não só questões ambientais, mas também a maneira com que a população ali existente ocupa e usufrui do espaço subutilizado.
Mas em uma das visitas o que mais me chamou a atenção foi a presença de moradias precárias de madeira que segundo a prefeitura municipal de São Carlos sempre aparecem nesse terreno, fazendo com que a secretaria de habitação vá até o lugar e faça uma remoção da família que ali se fixa. Acredito que isso acontece devido ao fato de ser um terreno extenso, em área já consolidada, e subutilizado. O que acaba atraindo a atenção de pessoas que não possuem moradias, e de forma perigosa, e inadequada constroem casas de madeira, e vivem sem a menor qualidade de vida.
Contudo, essa apropriação do terreno pode gerar serios problemas habitacionais, como a proliferação dessas casas, problemas ambientais e sociais.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

PROGRAMA - TGI II

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Setorização

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Os 3 pontos principais dessa proposta é uma área educacional, uma esportiva e uma cultural.
Sendo que a primeira possui salas de aula para dança, teatro, artes plásticas, teoria musical, além de salas multiuso, profissionalizantes, um telecentro e uma biblioteca comunitária.
A parte esportiva é formada por duas quadras poliesportivas, mais duas quadras de areia pequena, além de um pista de skate, e uma trilha ecológica.
Um anfiteatro/cinema, uma área de exposição e um teatro de arena formam a parte cultural.
E todos são ligados por meio de um parque, que possui equipamentos de alongamento, marquises, uma cantina, e sanitários.

O Progama

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A necessidade de um objeto que atenda o bairro do Douradinho e outros vizinhos, servindo como irradiador de cultura e cidadania é evidente .

Assim, com base nas leituras,conceitos e políticas educacionais, este trabalho traz como proposta de TGI I, um espaço que tem como função ser um lugar voltado a uma formação complementar à oferecida pelas escolas, atendendo o que Anísio Teixeira chamava de “escola-parque”, com uma formação educacional voltada a artes, cultura, auxílio a “escola-classe”, sem esquecer de atender o ponto chave de uma criança ou adolescente, a família.

Para tanto, foi necessário um programa que atendesse desde uma criança, que busca um lugar para brincar e aprender a até uma mulher grávida, desprovida de informações, e pais sem qualificação profissional. Agindo desta forma diretamente no problema da sociedade brasileira.

No entanto, este equipamento servirá a comunidade como um todo, e será além de um lugar de convivência e troca de experiências, um marco na paisagem e objeto de referência e uso para os demais bairros vizinhos.


O Espaço Público

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A carência de lugares de uso público com qualidades paisagísticas e arquitetônicas acrescido a uma maior preocupação com as questões ambientais , trouxe de volta o necessidade de se projetar parques, com programas que supram as necessidades locais e sirva de descanso físico e mental para a sociedade.
Com isso, temos o surgimento de novos espaços públicos nas cidades que qualificam lugares sub-utilizados, contemplando e servindo de palco a vida cotidiana. Segundo Manoel Teixeira Azevedo em “ A cidade Contemporânea e seus desafios”, o espaço público é:

“...lugar de convívio, de contato com os signos mais expressivos da memória coletiva, de emergência do inusitado, de contato com o que é diferente tem se recriado e acontecido apesar de toda a vontade uniformizadora e artificial de transformá-lo em mero espaço comercial e em mercadoria a ser construída.”

AZEVEDO, M. T., 1997, P.20

Para ele, o espaço público esta deixando de ser referência para trocas de experiências e passando a ser um lugar de passagem e caracterizado por um certo grupo que o frequenta, tendo seu uso restrito e segregado a outros. Mas que, esse quadro pode ser revertido com projetos que explorem o fator social dos espaços públicos.

A Educação

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No período primitivo a educação formal não estava presente na forma de escolas como hoje podemos observar em nossa sociedade, mas mesmo assim era a partir dela que muitos chefes de família e sacerdotes passavam as crianças o aprendizado sobre seu ambiente físico e social, através da aquisição das experiências. Com o surgimento da escrita o aprendizado ficou restrito a algumas classes dominantes que dispunham de escolas fechadas. No entanto, foi somente no século V a. C. que a educação passa a ser entendida como uma formação intelectual e social, através de um modelo ideal de educação grega, que aparece como Paidéia¹, que tem como objetivo geral construir o ser humano como homem e também como cidadão. Já no período helenístico a Paidéia pode ser compreendida como uma orientação de vida, ou seja, apresentava-se como um conjunto de orientações seguras, que indicavam o caminho da felicidade. Os “novos” educadores, além de ensinar o homem a especular em torno da verdade, buscavam enfatizar que era preciso aprender a viver de forma virtuosa. A vivência das virtudes era a garantia de uma vida feliz, por isso, a transmissão e a prática dos valores tornou-se o conteúdo primordial das escolas nesse período.
Contudo a educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política.
No entanto, a escola hoje perde cada dia mais o seu potencial social, encerrada entre quatro paredes desvincula totalmente o fator comunicativo que deveria abranger. Mas que ainda com todas as deficiências físicas e pedagógicas, reflexo do abandono a que foi submetido o ensino público no Brasil, as escolas possuem possibilidades infinitas de se transformarem em locais de mudanças e pólos de irradiação de ações coletivas e transformadoras. Devido a sua potencialidade em fluxos, encontros e palco da vida social local.




1- Paidéia – Para os gregos era o único bem transmitido para a vida toda, uma educação que abrangesse questões formais, como a gramática, ginástica e aritimétrica, mas que também tratasse questões voltada a vida cotidiana, a vida política e social.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

1º programa

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Intenções projetuais

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Portanto, a necessidade de um objeto que atenda tanto este bairro, como os vizinhos, servindo assim como centro de dissipação de cultura e cidadania é evidente.

Com base nas leituras,conceitos e políticas educacionais, trago como proposta de Pré-TGI, o espaço CRIARTE, que tem como papel um lugar voltado a uma formação complementar à oferecida pelas escolas, atendendo o que Anísio Teixeira chamava de “escola-parque”, como uma formação educacional voltada a artes, cultura, auxílio
a “escola-classe”, sem esquecer de atender o ponto
chave de uma criança ou adolescente, a família.

Para tanto, acho necessário um programa que atenda desde uma criança, que busca um lugar para brincar a até uma mulher grávida, desprovida de informações, e pais sem qualificação profissional. Agindo desta forma diretamente no problema da sociedade brasileira.

Referências
fonte: criando paisagens - Abbud


No entanto, pretendo que este equipamento sirva a comunidade como um todo, e que seja além de um lugar de convivência e troca de experiências, um marco na paisagem e objeto de referência e uso para os demais bairros vizinhos.
Além de uma materialidade marcante e diferente da existente na paisagem, pretendo trabalhar com elementos construtivos de rápida execução, como concreto pré-moldado e peças metálicas, fazendo com que a obra seja rápida e econômica, possibilitando que o projeto seja utilizado em outros bairros, conforme topografia e implantação.
A necessidade do edifício interagir com o seu exterior é fato, já que o terreno possui grandes valores paisagísticos, como a nascente e a APP’s, que serão ampliados e valorizados por meio da implantação do projeto.

Foto do local
Fonte: própria


Outra das intenções projetuais é tirar proveito da topografia existente, que cai cerca de 17 m, além de permitir uma visibilidade da cota da calçada para o terreno como um todo, fortalecendo o desejo de ser um edifício para a população, onde todos permeiam e visualizam o que acontece no espaço CRIARTE.

Maquete da topografia
Fonte: própria

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A cidade de São Carlos - SP

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A Cidade de São Carlos possui 212.956 habitantes (SEADE, 2007), e configura-se como um município de porte médio não-metropolitano, considerado um centro regional importante no interior paulista, é uma cidade que vem passando por constantes mudanças. Limita-se ao norte com os municípios de Rincão, Luís Antônio e Santa Lúcia; ao Sul com Ribeirão Bonito, Brotas e Itirapina; a Oeste com Ibaté, Araraquara e Américo Brasiliense e a Leste com Descalvado e Analândia.


Para a implantação desse projeto escolhi um terreno na periferia da cidade de São Carlos, no Parque do Douradinho que possui características também buscadas pelos projetos do CEU e FDE, como barreiras físicas, sociais, além de estar em área periférica da cidade.
No entanto, a cidade possui uma demanda por equipamentos culturais em suas periferias, que normalmente localiza-se em áreas com barreiras físicas e/ou sociais. Devido as suas características geográficas, como a presenças de muitos córregos, nascentes e rios, uma topografia acidentada, ou mesmo a travessia de rodovias que permeiam a cidade.


Por isso, a cidade disponibiliza vários programas que atendem esses bairros mês a mês, levando espetáculos, oficinas cultura, lazer, educação, palestras, saúde, cidadania; possibilitando o acesso a linguagem das artes, dança, cinema e música.
Esses programas tentam atender a demanda de crianças e jovens que estudam em um período do dia e no outro ficam obsoletos, problema que seria resolvido segundo Teixeira, com a presença de um equipamento “Escola-parque”.


Com base no gráfico abaixo podemos observar que a maior parte da população do município está entre os 10 a 29 anos.
E é a partir desses dados, e com base nos conceitos de Anísio Teixeira que proponho o ESPAÇO CRIARTE, como forma de formalizar esses programas oferecidos pela cidade, e suprir a carência de equipamentos educacional/cultural da cidade, voltados a essa faixa etária principalmente.


Para a implantação desse projeto escolhi um terreno na periferia da cidade de São Carlos, no Parque do Douradinho que possui características também buscadas pelos projetos do CEU e FDE, como barreiras físicas, sociais, além de estar em área periférica da cidade.


O terreno é o único terreno de uso institucional do bairro, que está situado na zona de ocupação condicionada e de recuperação, isso devido as fragilidades sociais e ambientais presente na área, como a presença de nascentes, córregos e um grande adensamento populacional.
Ele faz fronteira com a área rural da cidade, e por isso podemos observar uma vasta vegetação natural, além de uma nascente em situação de erosão, devido a falta de drenagem de águas pluviais do bairro.


O bairro que foi aprovado em agosto de 2000, nasceu de terras que antes pertenciam as fazendas Santa Joana e Cano D’agua. O proprietário Drº Antônio de Vasconcelos, que até então utilizava a área para uma plantação de Pinus, resolveu através de suas empresas Araguaia ( Pavimentação e terraplenagem) e a Douradihno Empresas lotear a área.


A princípio, os lotes eram financiados com boa parte da infra-estrutura necessária, mas segundo Nilton Domingues, corretor de imóveis do Douradinho, a grande procura fez com que lotes vazios fossem vendidos.
O que hoje gera um padrão de acabamentos diversificados nas edificações, além de um grande adensamento, como pude observar nas leituras realizadas no local.
E a notável falta de equipamentos culturais, educacionais e de lazer na região, que não difere da situação dos bairros vizinhos.


Levantamento fotográfico da área de implantação do projeto, que já sugere algumas diretrizes, como a recuperação da nascente, a proposta de um campo de futebol, além de uma pista de caminhada.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Leitura de projeto - SABINA

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A escola Parque Arte e Ciência – Sabina, é um projeto que nasceu de uma iniciativa da Prefeitura Municipal da cidade de Santo André – SP, que pretendia criar uma escola de rede pública associada a outras atividades culturais abertas a população. Por isso, em 2003, sob o comando do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e com colaboração do escritório MMBB, o projeto ganhou forma e novos parâmetros , como um programa mais denso, como áreas para exposições de artes e eventos diversos e um anfiteatro.


Sua forma pura, semi-enterrado, com 180m de extensão, abriga um programa de oficinas, experimentos, exposições, lanchonete e áreas de convivência. Seus grandes vãos proporcionados por sua estrutura metálica e suas vigas calhas em concreto armado, gerando assim um espaço amplo e independente do fechamento.
Essa solução transmite a idéia de uma pedra flutuante sobre o parque verde, além de aproveitar as grandes dimensões para criar áreas fluídas.


O acesso ao bloco acontece por meio de uma discreta e estreita rampa localizada no meio do estacionamento, que conduz ao nível inferior, onde temos a maior parte dos serviços oferecidos, como salas de aulas, oficinas, cantina e outros.
Através de outras duas rampas no interior do bloco, chegamos no nível superior, onde estão localizadas as áreas de exposições dispostas entre dois mezaninos, o que cria uma permeabilidade entre os dois espaços, além de contribuir para uma melhor iluminação e ventilação.





terça-feira, 6 de abril de 2010

ECA

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O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – estabelece que:

“ A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana sem prejuízo da proteção integral, de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade.”


Leitura de projeto - FDE

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Localizado na vila dos comerciários, em Franco da Rocha, cidade da região metropolitana de São Paulo, a escola FDE¹ – Vila dos Comerciários, leva a população não só um equipamento urbano, mas também educação, cultura e lazer a um lugar desprovido de tais atividades.
Sua inserção no meio urbano é marcante, não e só por sua formas puras, mas também por suas cores e gabarito maior que os demais no seu entorno.
Assim como os CEUs, as escolas propostas pelo FDE são implantadas em regiões com baixo nível sócio-econômico, e também encaram a escola como um ponto focal para o bairro.

Apesar das escolas da FDE partilharem de alguns conceitos recorrentes nos CEUs, elas não trazem a questão da “escola-parque” evidente em seu programa.
Durante a semana ela atende somente as necessidades educacionais, e somente aos finais de semana é aberta a comunidade, servindo como área de convívio, lazer e cultura.


No entanto, a necessidade de se reproduzir também faz com que a escolha do método construtivo seja de fácil manuseio e de agilidade pra se construir.
Por isso o uso de vigas e pilares de concreto pré-moldado e uma cobertura metálica em forma de arco.

Além de elementos modernistas como brises verticais metálicos e cobogós que auxiliam em um melhor conforto térmico dentro das salas de aula, que já na fachada oeste estes foram suprimidos devido ao recuo das salas em relação a projeção da cobertura.










O Térreo do edifício é ocupado pelas salas de coordenação, cozinha, refeitório, pátio coberto e um área verde.
Já os dois andares acima abrigam as salas de aula, enquanto que a quadra poliesportiva fica no último pavimento, diferente do CEU Jambeiro que propõe sua quadra em blocos distintos.
No entanto, a circulação vertical lateral permite o acesso direto a quadra.
Suas formas puras, racionalizadas, setorizadas permite uma estrutura independente do fechamento, além de agilidade nas obras.




1- Fundação para o desenvolvimento da Educação, criado em 1987, para viabilizar a execução das políticas educacionais.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Leituras de projeto -CEU

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Além de o Grupo Escolar, o Centro Integrado de educação pública – CIEPs, nos anos 80, tomou como referência o conceito escola-parque, desta vez para serem implantados na periferia do Rio de Janeiro.
Assim como serviu de inspiração para os Projetos do Centro Educacional Unificado – CEU, implantados em São Paulo em áreas carentes e segregadas sócio-espacial da cidade como um todo.

A partir da carência de equipamentos presente nas áreas, é proposto um amplo programa educacional, além de esportes, lazer e áreas artísticas. Durante a semana o edifício funciona como " escola-classe" e como " escola-parque" nos finais de semana, sendo aberta a comunidade.


Projetado pelos arquitetos Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza, os CEUs são estruturas de grande porte, capaz de receber em torno de 2.400 alunos, servindo assim como pólo de cultura a todo o bairro e sua região.


A inspiração nos conceitos de Teixeira também traz a formalidade moderna para os projetos, só que desta vez em outra escala e em outros tempos. Mas no entanto, permanece a divisão funcional dos volumes, o prolongamento do bloco das salas de aula, do bloco cultural e um bloco que se opõe a essa ortogonalidade, a creche. O projeto é padronizado, fazendo uso de elementos metálicos, e concreto pré- moldado.



Sua edificação modular é capaz de adaptar-se a diversos terrenos, podendo ser implantado em outros bairros que também possuam problemas sociais e carências.

O CEU conta com 1 bloco educacional com 3 pavimentos, com circulação vertical lateral, salas de aulas ao centro do 2º e 3º pavimento, recuada apenas para criar o corredor nas laterais, proporcionando a circulação horizontal.

E é através desse recuo que o edifício interage com o seu entorno e o protege da insolação. No térreo ficam os equipamentos de apoio como a biblioteca, brinquedoteca e telecentros, entre outros.

O conjunto cultural/esportivo fechado por alvenaria conta com 1 teatro/cinema e logo acima uma quadra esportiva coberta.

A creche fica ligada ao bloco principal através de uma passarela, possui uma forma circular e fechamento envidraçado, o que permite uma ampla visão do exterior.

O complexo ainda conta com 2 quadras poliesportivas, 2 campos de futebol e 3 piscinas.



A circulação é um ponto importante desse projeto, pois permite uma permeabilidade, através da circulação vertical nas laterais, sem prejudicar o uso das salas de aula.

Além de fazer com que o edifício tenha um maior envolvimento com o seu exterior, já que sua circulação serve como varanda e área de estar.



sábado, 20 de março de 2010

Apresentação Pré Tgi Larissa

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Conceitos e Propostas pedagógicas.

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Desde a década de 50 o espaço destinado a crianças e adolescentes vem atraindo a atenção de arquitetos, pedagogos e sociólogos. Com a industrialização rápida que ocorria no país, fazendo com que a população só de São Paulo somasse mais de 2 milhões de habitantes, foi necessário um programa que suprimisse o déficit educacional e cultural. Para tanto, em 28 de setembro de 1949 foi criado um convênio, onde foi assinado que caberia as prefeituras a construção de novos edifíos e ao Estado o desenvolvimento do ensino.
Para isso, foi criado a Comissão Executiva do Convênio Escolar, orgão que viabilizaria o planejamento, projeto e obras; tendo como presidente José Amadei e Hélio Duarte, arquiteto , presidente da subcomissão Executiva.
Dando início aos novos projetos de edifícios escolares, imprimindo-lhes características até então novas, os princípios modernistas, perceberam que não só os edifícios necessitavam de uma mudança, mas a educação como um todo. E foi em Anisío Teixeira que Hélio Duarte foi buscar as diretrizes pedagógicas das construções escolares realizadas pelo convênio.
Nascido em Caetité, Bahia, Anisío Teixeira acreditava que a educação era um processo de contínua reorganização e reconstrução da experiência, pois para ele essa é a característica mais particular da vida humana, e assim não se aprende para depois viver, de fato, simultaneamente vivemos, experimentamos e aprendemos, portanto escola é viver.
Teixeira, criticava a escola existente reduzida a objetivos intelectuais, a um ensino verbalista, seu desejo era que:

“ desejamos dar, a escola o seu dia letivo completo. Desejamos dar-lhe os seus cinco anos de curso. E desejamos dar-lhe seu programa completo de leitura, aritimétrica e escrita e mais ciências físicas e sociais e mais artes industriais, desenho, música, dança e educação física. Além disso, desejamos que a escola eduque, forme hábitos, forme atitudes, cultive aspirações, prepare, realmente, a criança para a sua civilização - esta civilização tão difícil por ser uma civilização técnica e industrial e ainda mais difícil e complexa por estar em mutação permanente. E, além disso, desejamos que a escola dê saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vive.” ¹

Em 1947, num cenário de democratização do País finda a ditadura Vargas, e numa Bahia impulsionada pelo governo progressistas de Octávio Mangabeira, Anísio Teixeira, como secretário da educação do estado da Bahia elaborou o Plano estadual de Educação Escolar que criou conceitualmente a Escola-parque, ou seja, um espaço completo de formação educacional. Para ele, a escola deveria educar, ao invés de instruir, formar cidadãos livres mais preparados para o futuro incerto, do que transmitir um passado claro.
Inspirado nas escola comunitárias norte-americana Anísio pensa num sistema composto por “escola-classe” e “escola-parque”, onde serviriam com a educação formal, e com atividades complementares, em turnos alternados.
A obra que melhor exemplifica esse conceito é a Escola Centro Educacional Carneiro Ribeiro, do arquiteto Diógenes Rebouças, que segundo ele, apenas interpretou “uma magnífica idéia que sugeria uma arquitetura sadia, modesta e séria, através de seu programa.”



O projeto fazia parte de um pacote que previa a construção de 8 escolas parques, porém somente ele foi edificado, e num vasto período de tempo, quase 20 anos. Localizado no Bairro da Liberdade, Anísio conseguiu trabalhar mais 1 de seus conceitos, o de ter a escola como ponto de convívio social da comunidade, pois o bairro tinha grandes prolemas,como o adensamento e o seu baixo nível sócio-econômico. Visando desta maneira ás camadas populares.
Segundo Rebouças:

“vamos colocar na periferia dos bairros o sistema educacional de instruções e, dentro desse núcleo, o grande parque escolar no qual educamos os meninos. Nas escolas, nós os instruímos. Nelas, usamos a professora clássica, essa que não tem versatilidade na concepção. No parque escolar, completamos com a educação o que significa atividade de socialização, de trabalho, de educação física, de higiene, de esportes e de alimentação.” ²

Contudo, foi nesse projeto, mais especificadamente que Hélio Duarte se inspirou para propor as escolas do Grupo Escolar, onde aproveitou mais uma vez a escola como um centro social do bairro. Segundo ele, “a valorização social da escola como agrupamento unitário e ponto focal de uma comunidade, levando-a a um uso intensivo estaria, no mínimo, a duplicar o seu valor de uso e, na mesma proporção, a reduzir o seu valor de custo.”

1- TEIXEIRA ,1959, p.78
2- REBOUÇAS, Depoimento. In: ROCHA LIMA, 1992, P.148